Pra mim, parece um útero.
Eu fui transportada para dentro do útero.
É interessante como muda a prioridade das coisas.
Sabia que tem luz dentro do útero?
Eu não sabia.
Toda vez que o feto recebe estímulo, e ele é estimulado emocionalmente pela mãe, tem feixes de luz.
Interessante isso aqui. É interessante como ele está isolado do mundo.
Ele está isolado, mas, ao mesmo tempo, recebe muito estímulo.
Só que ele interpreta… Interessante que o feto interpreta estímulo como algo positivo, algo a se contemplar.
Ele não está manchado com a dualidade, com a sujeira, com a disfunção emocional.
Ele recebe o estímulo como exatamente isso: como pureza. Ele observa.
É por isso que o feto adora sentir os barulhos do corpo da mãe: o barulho da respiração, o batimento cardíaco da mãe.
Porque ele tem, literalmente, amor pelo estímulo.
Interessantíssimo, porque os seres, quando não estão inundados pela dualidade, qualquer estímulo externo é visto como um presente, como bênçãos, como uma boa experiência.
Estímulo… Não sei explicar. É interessantíssimo. É tudo estimulante.
É como se estivesse, literalmente, no útero.
Eu escuto os barulhos externos: sabe, conversas, barulhos, carro.
Coisas que eu sei identificar o que são, porque eu sou humana.
Mas, dentro do útero, a sensação é de alegria pura.
É de estímulo. É sentido como vida.
O prazer da vida, dos estímulos, da vida acontecendo. É prazeroso.
Porque estímulo, o tempo todo, é movimento.
E tudo que o feto quer para sobreviver… O que ele quer é movimento: a voz da mãe, a forma como o corpo dela reage com o batimento cardíaco, com o ritmo respiratório.
É tudo muito prazeroso para o feto.
Ele entende como estímulo.
Estímulo da vida.
É totalmente prazeroso isso.
Estímulo… A vida é feita de movimento.
E aí, quando você fica nesse estado aqui, tanto faz se é positivo ou negativo.
Porque tudo é movimento, e movimento é vida.
É boa essa experiência, viu?
Parece até que o tempo desacelera.
É muito renovador.
Vou ficar aqui onde eu estou.
Por Gisele Almeida
09/01/2025